Henrique Rocha volta a abalar Bratislava com mais uma vitória firme
Por António Vieira Pacheco
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Créditos: Millennium Estoril Open. Portuense não treme na terra batida eslovaca e está nos 'quartos'. |
Portuense faz 'tremer' a terra batida eslovaca
Henrique Rocha voltou a pisar a terra
batida eslovaca com a mesma confiança com que um veterano regressa a casa. Um
ano após ter sido finalista em Bratislava, o jovem português, agora no 149.º
lugar do ‘ranking’ ATP, reentra no palco com sede de mais — e já está nos
quartos de final do Challenger 100, depois de um triunfo firme sobre o
chileno Tomas Barrios Vera, 111.º do mundo e segundo cabeça de série.
A quinta-feira trouxe sol à capital
eslovaca e luz ao ténis português. Com um ténis agressivo, mas sereno, Rocha
despachou Barrios Vera por 6-2 e 7-5, selando a terceira vitória consecutiva
sobre o sul-americano. A segunda somente no espaço de um mês, depois do sucesso
no qualifying de Roland Garros. Bratislava parece ter uma vibração própria para
o português de 21 anos, que se move pelo court como quem dança ao som de uma
música que só ele ouve — sem hesitação, sem medo, sem pressa.
O passado inspira, mas não distrai!
Finalista da edição de 2024, Henrique
Rocha regressa agora com a responsabilidade de defender os 50 pontos ATP
conquistados então — e, ao mesmo tempo, com a ambição de superar o que já
parecia extraordinário. Esta é, de facto, a semana mais delicada do seu
calendário, com o maior volume de pontos em jogo até ao final da época. E,
mesmo assim, o portuense exibe-se com classe e confiança, como quem joga para
marcar uma nova era no ténis nacional.
Com a vitória sobre Barrios Vera,
garante pelo menos mais 14 pontos — uma pequena fatia do que poderá vir, caso
continue a navegar este torneio como até aqui: com pulso firme e cabeça fria.
Próximo obstáculo no caminho
Para chegar às meias-finais, o
portuense terá de ultrapassar o vencedor do duelo entre o croata Dino Prizmic
(atualmente 252.º, mas já 155.º) e o wildcard da casa, Milos Karol (387.º ATP).
Independentemente do adversário, o português parte como favorito — não tanto
pelos números, mas pela forma atual e pelo histórico recente que reforça a sua
maturidade em court.
O número três português não joga
apenas por pontos, ou dinheiro, ou por ‘ranking’. Joga por afirmação. Joga com alma. E joga
para que, um dia, os grandes palcos — como o Millennium Estoril Open ou até os Majors
— deixem de ser apenas sonhos ou presenças esporádicas, para passarem a fazer
parte do seu quotidiano.
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