A crise na formação está para durar

                                                                   Por Manuel Pérez
Formação lusitana atravessa crise!
Créditos: FPT. FPT atira a toalha juvenil para o chão.

Encerrada a presença individual portuguesa no torneio de Roland Garros, por meio de três inéditos representantes no quadro principal masculino, torna-se gigante o deserto que a formação vive.

Uma Federação Portuguesa de Ténis (FPT) exageradamente bem calçada financeiramente é incapaz de mostrar resultados nos escalões juvenis. Não é por falta de torneios ITF sub-18 ou da Tennis Europe sub-14. Há muitos no calendário, mas a maioria serve para uma empresa privada do Porto lucrar com a organização de qualquer evento.

A FPT patrocina, mas vive na realidade virtual. Os órgãos sociais estiveram largamente representados nas bancadas de Roland Garros. Desfrutaram à grande das atuações de Nuno Borges, Henrique Rocha e Jaime Faria. Esta semana jogam-se as provas de juniores. Não haverá um dirigente na bancada. Porque não há representação portuguesa!

Portugal sem juniores de nível

O nosso melhor júnior no ‘ranking’ ocupa o lugar 257 e a nossa melhor júnior a posição 743.

 Agora, como a cronologia não é virtual, registe-se que nos quatro Grand Slams, Henrique Rocha foi o último a disputar Roland Garros, há três anos; Duarte Vale o Open da Austrália, em 2017; e Miguel Gomes, o último a jogar em Wimbledon e no US Open, em 2021. Sabem onde está essa promessa? Deixou de competir em novembro de 2022, com 22 anos…

No feminino, este século não teve nenhuma portuguesa na Austrália, e o que resta são as presenças de Michelle Larcher de Brito, em 2007, em Paris, Wimbledon e Nova Iorque.

 Bem-haja ao grupo de soldados que engraxa as botas do secretário-general quando este, pisa o estrume que anda a fazer.


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