Jieni Shao e Fu Yu eliminadas em Skopje

                                                             Por António Vieira Pacheco

Passagem breve pela Macedónia do Norte para as portuguesas.
Créditos: FPTM. Passagem breve pelo palco da Macedónia do Norte. Lusas foram afastadas.
 

Primeiros encontros sem eco

Jieni Shao e Fu Yu despediram-se precocemente do WTT Contender Skopje, na Macedónia do Norte, após derrotas nos singulares e pares femininos. As duas atletas portuguesas não conseguiram ultrapassar a forte concorrência, deixando o torneio mais cedo do que esperavam.

Na ronda de 32 de singulares, Jieni Shao, com 30 anos e 55.ª do ‘ranking’ mundial, encontrou pela frente a japonesa Miyu Nagasaki (28.ª). A portuguesa lutou, procurou ângulos e tentou mudar o ritmo, mas cada ponto parecia fugir-lhe como um eco ao longe. Derrota por 0-3 (7-11, 7-11, 9-11) e uma sensação de que o jogo nunca chegou verdadeiramente a ser seu.

Fu Yu: experiência não basta contra precisão

A seguir entrou em cena Fu Yu, veterana de 46 anos e 84.ª da hierarquia. Frente à francesa Jia Nan Yuan (33.ª), a portuguesa tentou jogar com sabedoria e cadência, como quem conhece os segredos do ofício. Mas a francesa não lhe deu tempo para bordar os pontos com paciência. Em menos de meia hora, estava consumada uma nova derrota por 0-3 (7-11, 6-11, 8-11). Às vezes, até os mais velhos perdem o compasso.

Em pares, o dueto português soou breve

Em pares, a dupla lusitana encarou as japonesas Akae Kaho e Takeya Misuzu. Tentaram compor uma sinfonia de força e inteligência, mas a afinação saiu-lhes curta. Com parciais de 5-11, 7-11 e 4-11, as japonesas fizeram calar qualquer esperança de reação. A música durou três andamentos — e terminou sem bis.

Skopje foi uma travessia breve. Mas o desporto escreve-se com derrotas tanto quanto com vitórias. Shao continua a perseguir a entrada no top 30 mundial.  Fu Yu, por seu lado, segue como guardiã de uma geração, exemplo de resiliência e elegância competitiva.

Nem sempre há pódio e resultados relevantes, mas há sempre estrada. E Portugal segue em frente — com raqueta na mão e orgulho intacto.

 

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