Fora do court: O Mundo à beira de um coração enfartado
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Créditos: BBC News. A escalada do conflito aumentou no Médio Oriente. |
Quando as chamas já não vêm só do
fósforo!
O que acontece quando duas potências
acesas jogam fósforos em poças de gasolina? A resposta já não é retórica: vemos
o céu de Telavive a brilhar com mísseis como se fosse 'réveillon', mas o ano
novo é de chumbo, não de esperança.
Israel chama à operação Leão
Crescente, mas o rugido ouviu-se como um eco antigo, repetido desde que o
mundo decidiu que o Médio Oriente é palco e pólvora. No outro lado, o Irão
responde com a fúria de um vulcão ferido — não com diplomacia, mas com 150 a
200 mísseis e ‘drones’, numa das maiores retaliações balísticas da história
recente. O céu virou um tabuleiro de xadrez jogado com fogo, onde as peças
principais caem… e falecem.
Nomes riscados, vidas apagadas!
Entre os alvos dos ataques
israelitas, foram apontadas infraestruturas militares e figuras de alto
escalão. Fontes não oficiais referiram a possível morte de líderes como Mohammad
Bagheri e Hossen Salami, embora sem confirmação internacional independente até
ao momento. Cientistas ligados ao programa nuclear e civis foram também
atingidos, numa guerra moderna que já não distingue entre alvos e avenidas,
entre radar e varanda.
Um fósforo aceso junto à reserva nuclear
A Agência Internacional de Energia
Atómica (AIEA) veio, quase em tom de mãe preocupada, dizer: “Por agora,
não há radiação.”
Por agora. Porque os ataques em Natanz, centro do programa nuclear iraniano,
foram como acordar um urso que dorme com bombas na espinha.
O Irão não só guarda cerca de 400 kg
de urânio enriquecido até 60%, como poderá acelerar a produção como quem
acelera numa curva de montanha com os olhos vendados.
O impensável cada vez mais pensável
Netanyahu quer ser o nome gravado na pedra que
venceu o medo — ou no epitáfio de todos.
Se a estratégia era provocar, conseguiu.
Se era conter, falhou.
Teerão já lançou avisos com sabor a
ultimato: atacar quem apoiar Israel, mirar bases norte-americanas, fechar o
Estreito de Ormuz e cortar o oxigénio da economia global.
Os Estados Unidos? No fio da navalha
Lá está os Estados Unidos da América, a assistir aos acontecimentos, com mais de 40
mil soldados espalhados pelo Médio Oriente, como quem brinca ao dominó com
peças nucleares.
Se um deles cair, o efeito pode ser irreversível. Washington já deixou avisos —
mas os avisos, como sabemos, não travam ogivas nem curam mortos.
No Irão, a guerra pode vir de dentro
Num país onde se prende por cabelo
solto, a pressão interna é pólvora silenciosa.
Desde a morte de Mahsa Amini em 2022, os protestos não cessaram totalmente. A
guerra externa pode ser a gota que falta para fazer transbordar o cálice da
revolta.
Mas cuidado com o que se solicita: um
vácuo de poder em Teerão é um buraco negro pronto a devorar estabilidade —
nacional e regional.
A economia com febre
O petróleo sobe como um
termómetro num corpo doente.
A inflação assusta, os mercados tremem.
Uma guerra entre ambos prolongada — mesmo que sem alastrar — pode mergulhar
o mundo numa recessão global.
O Irão estuda já fechar o Estreito de
Ormuz, por onde passa 20% do comércio mundial de petróleo. É mais eficaz que
qualquer sanção: fecha-se o estreito e abre-se a crise.
Final: O amanhã em coma induzido
Vivemos num mundo onde o amanhã
parece estar em coma induzido, e o presente numa sala de urgência sem
médico.
Se esta guerra escalar, não será só entre Estados: será entre civilizações, mercados
e gerações. Entre quem dispara e quem apenas vive… ou tenta.
Porque às vezes a pergunta já não é “o
que mais pode acontecer?”, mas sim:
“quanto tempo até deixarmos de nos espantar?”
Nota Editorial
Este artigo representa uma análise de fundo baseada nas
informações e fontes disponíveis até à data de publicação. Algumas afirmações
relativas a eventos ou figuras envolvidas no conflito Israel-Irão são
fundamentadas em fontes não oficiais ou em desenvolvimento e poderão estar
sujeitas a confirmação posterior por autoridades competentes. |
O texto utiliza
linguagem figurada e metafórica para transmitir o impacto político e social
da situação, não constituindo acusação ou incitação a qualquer ato ilícito, ou violento. A redação respeita os princípios de liberdade de expressão, sem
prejuízo do rigor informativo e da responsabilidade ética na divulgação de
conteúdos sensíveis. |
A redação continuará
a acompanhar e atualizar a informação conforme a evolução dos factos,
garantindo transparência e respeito pelos direitos das partes envolvidas. |
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