Chramko e Penedo garantem medalha em pares no Europeu de Veteranos

                                                                 Por António Vieira Pacheco

Créditos: Direitos Reservados. Paula Penedo garante medalha, ao lado de Olga Charamko.

A paciência e inteligência a definir o jogo

No Europeu de Veteranos de Ténis de Mesa, em Novi Sad, Sérvia, a dupla portuguesa formada por Olga Chramko e Paula Penedo continua a escrever uma história de sucesso. Com uma presença marcada pela técnica, experiência e uma sintonia perfeita, a equipa portuguesa garantiu esta sexta-feira a passagem às meias-finais na categoria W45 — assegurando assim uma medalha para Portugal, que ainda pode ser de bronze, prata ou ouro.

Num cenário onde cada ponto é fruto de anos de treino, mas também da cumplicidade adquirida ao longo do tempo, Chramko e Penedo mostraram-se implacáveis na sua caminhada.

No encontro frente à dupla italiana-polaca Katja Milic e Ewelina Kolodziejczyk, as portuguesas entraram fortes, dominando o primeiro ‘set’ por 11–5, num momento de evidente entrosamento. Apesar da resistência das adversárias no segundo, vencendo 11–8, foi no terceiro e quarto ‘sets’ que a dupla lusitana impôs a sua experiência, fechando a partida em 3-1 (11–5, 8-11, 11–9, 11–7).

Cada ponto disputado traduziu-se numa verdadeira lição de ténis de mesa: não se apressar, mas sim encontrar o ritmo certo, explorando o erro adversário e controlando a ansiedade.

Antes, nos oitavos, Chramko e Penedo haviam superado as espanholas Lupe Cumplido e Julia Escola com uma vitória por 3-0 (14–12, 11–8, 12–10), num jogo bastante equilibrado, onde a consistência e a concentração fizeram toda a diferença.

Foi nesse encontro que a dupla portuguesa mostrou que não veio a Novi Sad somente para competir, mas para brilhar e representar Portugal com honra.

A experiência que transcende o tempo

Olga, com uma carreira sólida, e Paula, marcada pela paixão pelo ténis de mesa, juntam-se num exemplo claro do que significa competir com alma e inteligência. São atletas que levam para a mesa a bagagem de uma vida dedicada ao desporto, provando que a idade é somente um número quando existe vontade e talento.

A jornada neste Europeu não é só sobre resultados; é sobre legado, sobre a transmissão de valores e a demonstração de que o desporto pode ser um eterno ponto de encontro entre gerações.

O avanço para as meias-finais confirma o excelente momento do ténis de mesa português em categorias de veteranos. Além de Chramko, a equipa nacional tem outras presenças notáveis que sustentam o orgulho nacional.

Este Europeu é a prova de que o ténis de mesa em Portugal vai muito além do amadorismo: é um símbolo de persistência, dedicação e espírito competitivo que atravessa idades e contextos.

O desafio das meias-finais está lançado, a confiança da dupla portuguesa é notória. A sua capacidade de trabalhar em equipa, o controlo do jogo e a vontade de triunfar prometem um jogo memorável.

Seja qual for o resultado, já está garantida uma medalha — e isso é mais do que uma conquista desportiva, é a coroação de anos de trabalho e paixão.

O talento que não envelhece

Olga e Paula são a prova viva de que a idade não é barreira para o talento e para a vontade de vencer. Nesta competição mostram que competir é uma forma de celebrar a vida e o desporto.

Com a medalha já assegurada, resta saber se será bronze, prata ou ouro. Independentemente disso, Portugal já ganhou com o exemplo e com a emoção que estas atletas nos proporcionam.