Francisco Cabral derruba favoritos e avança na relva de Estugarda
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Créditos: FPT. Lucas Miedler e Francisco Cabral, uma dupla de sucesso. |
Vitória brilhante em relva alemã
Francisco Cabral e o austríaco Lucas Miedler continuam a escrever juntos uma narrativa de afirmação e ambição no circuito mundial de ténis. Em Estugarda, palco nobre do ATP 250 disputado sobre relva, a dupla luso-austríaca eliminou esta quinta-feira os segundos cabeças de série, os franceses Sadio Doumbia e Fabien Reboul, garantindo um lugar nas meias-finais da competição — um feito inédito para o português nesta superfície.
Um triunfo com assinatura própria
Numa exibição sólida e madura, Cabral
e Miedler derrotaram os franceses pelos parciais de 6-4 e 6-4. A vitória foi
tanto técnica como emocional, frente a uma das duplas mais bem cotadas do
torneio — Doumbia e Reboul ocupam atualmente os 28.º e 22.º lugares do
‘ranking’ ATP de pares, respetivamente.
Classificados no 50.º (Cabral) e 55.º
(Miedler) lugares da hierarquia, os vencedores demonstraram segurança no
serviço, coordenação tática e uma leitura exemplar do jogo na relva —
superfície onde o português ainda não atingiu semelhante patamar competitivo.
Primeira meia-final em relva
Com este resultado, Cabral
alcança a 13.ª meia-final da sua carreira em torneios ATP. Esta é a segunda com
Miedler (a anterior foi em Genebra, há menos de um mês) e, acima de tudo, a
primeira vez que o especialista português chega tão longe num torneio de relva.
A consistência que Cabral
mostra nos pares é fruto de uma transição bem conseguida entre superfícies e da
cumplicidade crescente com o austríaco, parceiro habitual nos últimos meses. Em
Estugarda, mostram-se como sérios candidatos a um lugar na final.
Rumo à sexta final ATP
Para chegarem à final e lutar pelo
título, o portuense e o seu parceiro terão agora pela frente uma tarefa exigente:
defrontarão os vencedores do embate entre os brasileiros Rafael Matos e Marcelo
Melo (quartos cabeças de série), ou a dupla formada pelo mexicano Santiago
Gonzalez e o norte-americano Austin Krajicek — este último antigo número 1
mundial de pares.
Independentemente do desfecho, o
feito já alcançado representa uma marca histórica na carreira do portuense. É
também um sinal claro de que o ténis português continua a afirmar-se, com
determinação e talento, no panorama internacional.
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